quarta-feira, 14 de agosto de 2013

EGITO: A PAZ PERDEU MAIS UMA BATALHA!

          
           14 de agosto de 2013. Hoje é um daqueles dias que deveria não ter existido. Ao mesmo tempo, mostra que chegou a hora da comunidade internacional refletir sobre os limites da soberania nacional. Sob este princípio a tirania galopa. No entanto, um farol não se apagou. Mohamed El Baradei, vice-presidente interino do Egito e prêmio Nobel da Paz, anunciou sua renúncia ao cargo nesta quarta-feira (14) após o massacre que banhou o Egito de sangue. Aproximadamente 235 pessoas morreram nos "confrontos" das forças de segurança e manifestantes São mais de 2.000 feridos no país, segundo fontes oficiais  do "governo".



           O país que estava dividido agora está fragmentado. Dificilmente o tempo vai conseguir unificar a nação. A conta vai para a intolerância. Em carta enviada ao presidente interino Adly Mansour, El Baradei falou em derramamento de sangue. "Para mim é difícil continuar a assumir a responsabilidade de tomar decisões com as quais não estou de acordo e cujas consequências eu temo. Não posso carregar a responsabilidade por um derramamento de sangue", escreveu. "Como você sabe, eu acreditava que havia maneiras pacíficas de encerrar este confronto na sociedade... infelizmente, quem vai ganhar com o que aconteceu hoje são os grupos extremistas que querem a violência e o terror", concluiu o Nobel da Paz.



            Os conflitos desta quarta-feira começaram após a operação policial realizada no Cairo para desmantelar os acampamentos dos seguidores do presidente deposto Mohammed Mursi, que pedem sua volta ao poder.
            Agora, o país está mergulhado numa crise sem precedentes. A situação fez com que o governo decretasse estado de emergência por um mês, com toque de recolher das 19h às 6h. Os manifestantes, por outro lado, relatam até 2.200 mortos e mais de 10 mil feridos.Entre os mortos, está um cinegrafista da Sky News, informou o canal britânico. A filha de 17 anos de um dos principais líderes da Irmandade Muçulmana também morreu, anunciou o grupo.


            A operação aconteceu após o fracasso de esforços internacionais para mediar um fim a um período de seis semanas de impasse político entre partidários de Mursi e o governo instalado pelo Exército, que tomou posse após a deposição do presidente. A paz perdeu mais uma batalha. As nossas condolências ao povo egípcio!    ONG CIBEM.


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